Já constituída em patologia social,
Emerge novidade no meio eclesial,
Em torno dos milagres abundantes,
E contornos mórbidos exuberantes.
Os alucinados, ciosos do poder
especial,
Proclamam-se arautos sem referencial,
E metidos a pobres mendigos de afeto,
Presumem precedência sobre desafeto.
Seu desajustado complexo messiânico,
Incita-os a duro combate ao satânico,
Que não passa de sentimento de culpa,
A disfarçar-se em esfarrapada
desculpa.
A argumentação pós-milagre é tamanha,
Que em nada disfarça a ambição
tacanha,
De ascender ao poder de muitas
honrarias,
Sem as efetivas mudanças para
melhorias.
Querem orientar o caminho da
salvação,
E dizer o que precisam para a diária
ação,
Com piedades formais e já
ultrapassadas,
Que deixam as causas sociais
relegadas.
Sua santidade de sustentação emotiva,
Longe duma interpelação convidativa,
Bloqueia dinâmica lida a favor da
vida,
E vira uma estática piedade
denegrida.
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