Sob os panos da presumida honra
religiosa,
Escancara-se a incontida obsessão
melosa,
Que revela a mórbida perturbação
mental,
De iluminado orientador
comportamental.
Proclama sua moral de elevada
perfeição,
Como único a oferecer reta e boa
direção,
Mas, apenas impõe servilismo dependente,
Para locupletar sua alucinação
ascendente.
Reivindica cada dia mais autoridade e
poder,
E submete simpáticos ao estranho
proceder,
De seguir somente seus inadequados ditames,
E por considerar os demais como vis
infames.
Considera perseguidor o agir de
bom-senso,
E condena ardentemente qualquer
consenso,
Que não engrandeça sua mania de
grandeza,
E que não absorva seus critérios de
inteireza.
Seduz ao formalismo estereotipado do
culto,
E ataca o senso espontâneo como um
insulto,
Porque, do seu categórico discurso
religioso,
Exige devotamento e detalhismo
minucioso.
Nas alucinações de ser a única via
salvadora,
Da divina ação para uma eficácia
redentora,
Oculta a sua vida real, perversa e indecente,
Abafada sob uma santidade apenas
aparente.
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