quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A velha dança política



Embalado pelos amplificados sons ruidosos,
O salão de vaidades e interesses ambiciosos,
Ostenta uma movimentação bem exagerada,
Dos que querem abraçar a sigla privilegiada.

Quando tudo indica que uma musa encanta,
Já emerge outra que se sobressai e espanta,
Assumindo o foco da mais esbelta e vistosa,
Para atrair as debandadas em alta polvorosa.

Um meneio para desfrutar das vantagens,
Causa amnésia das enfáticas mensagens,
E leva a preterir as tantas outras beldades,
Dos partidos aos quais juraram lealdades.

O oportunismo escancarado para o cargo,
Subleva qualquer antecedente e embargo,
E faz valer a aparência vistosa da imagem,
Para locupletar toda perversa sacanagem.

O propalado serviço para o bem do povo,
Do palavreado bajulador sem nada novo,
Repete as vetustas manhas interesseiras,
De larápios a alargar suas próprias eiras.


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