terça-feira, 27 de maio de 2014

No enleio da prepotência



A quem dirigir a indignação,
Que impele o grito aos céus,
E solicitar prestimosa ação,
Contra os aparatos tão léus?

Causa real e veemente consternação,
O submeter-se aos ditames do terror,
De quem na gritante apatia da função,
Ignora as tradições de humano fervor.

Os homens de vermelho fardados,
Em prepotência sem precedentes,
Seguem dolentes e mui obcecados,
No antagonismo dos precedentes.

Da legislação a mudar a cada dia,
No fragor de aleatórios intentos,
Efetuam ignóbil e nefasta tirania,
Sobre as entidades e movimentos.

Nas chantagens revelam-se peritos,
Para solicitar mil e uma minudências,
E distantes de equacionar contraditos,
Eximem-se de quaisquer decorrências.

Na mais crassa e sórdida incompetência,
Procrastinam na inexplicável protelação,
Que indigna as entidades na sua paciência,
E deixa-as reféns da escancarada enleação.

Se omissões durante décadas revelam,
Nada justifica o seu engodo colossal,
E o prazer sádico com que protelam,
Para confirmar seu patamar abissal.

Se a triste sina de uma boate propiciou,
A enfunação da imagem e da aparência,
Carece, todavia, da básica competência,

Para o controle dos serviços que iniciou. 

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