Sonho tão amplo como a vida,
Lá do âmago mobiliza o desejo,
De esvair-se da condição combalida,
E recuperar o encanto de novo ensejo.
Quando tantos se encontram bem
enrolados,
Nas resistentes teias da tristeza e
do isolamento,
Ou do vazio interior e dos outros
emaranhados,
Tão poucas coisas caracterizam
contentamento.
Não poderia o modo de ser cristão
traçar novo caminho,
Para além da avassaladora oferta de
consumo intimista,
E vencer os vastos e nefastos
grilhões do estar sozinho,
Neste entusiasmado e mesquinho
processo comodista?
Com a vida interior girando apenas no
próprio foro,
Já não encantam serviços fraternos e
humanitários,
E do possível espaço para os outros,
já sem decoro,
Sobram apenas queixosos
ressentimentos solitários.
A renovação do encontro pessoal com o
projeto de Jesus,
Carrega certamente o potencial da
alegria por Ele trazida,
E longe da desilusão que a tantos
deste mundo seduz,
Resgata o sentimento de amparo e
gratuidade enternecida.
Na busca da ternura, capaz de engendrar
a alegria santa,
Sempre há espaço para recomeçar a
redimensionar a vida,
E antever para além do que da força
defraudadora encanta,
O bem-estar reconfortante que provém
da humanitária lida.
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