quarta-feira, 16 de abril de 2014

Para a outra margem



Poderia pouco pão alimentar,
Muitos pobres dependentes,
Sem maiores tumultos causar,
De forma clara e envolvente?

Mui difícil é não parar,
Nos acontecimentos,
E continuar a andar,
Atrás de mais intentos.

Muitos lugares do nosso interior,
Clamam por fervorosa presença,
E requerem desapego do torpor,
Para captar redentora sentença:

É preciso remar na diuturna lida,
Para sair da fácil tentação régia,
E mesmo com a mente combalida,
Articular outra e nova estratégia.

Quando os fantasmas perturbam,
Os medos fazem solta lambança,
E quando conturbam a travessia,
Requerem palavra de confiança.

Quaisquer luzes de confiança,
Fazem os medos desaparecer;
E indicam coragem à andança,
Para apontar novo amanhecer.

Como enfrentar a travessia,
Na real resistência ao novo,
Quando muita glossololalia,
Profana e submete o povo?

Necessário será amolecer,
O coração empedernido,
Incapaz de se condoer,
Por apego ao preterido.


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