Se seus incríveis alcances chegam ao
infinito,
E ultrapassam os mais altaneiros
obstáculos,
Esmorecem, contudo, ante o frágil
contradito,
Os seus sutis e insignificantes
sustentáculos.
Bastam olhares enviesados,
Ou meneios desconfiados,
Que na solidez emperram,
E no desânimo se enterram.
Se os mais intensos e vibrantes,
Miram encontros aconchegantes,
Porque vacilam, por tão pouco,
E empalidecem como amouco?
Bastam as subjetivas procelas,
Para desanimá-los nas querelas,
E subsumir suas virtualidades,
Com todas as potencialidades.
Por moverem-se nos rumos,
Dos mui distintos aprumos,
Encontram na contrariedade,
Obstáculos à vasta saciedade.
Quando se cruzam com outros desejos,
Não conseguem ajustar seus remelexos,
E já desandam para o desvio das
rotas,
No intento de escapulir das derrotas.
Frágeis, e, ao mesmo tempo vigorosos,
Temperam os intentos mais rigorosos,
E acalantam outros novos alentos,
No vasto mundo dos portentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário