Antigas na humana condição,
Constituíram as muitas festas,
Estupenda fonte de gratidão,
E de mui animadas serestas.
Quando a memória de conquistas,
E das árduas e sôfregas superações,
Eram festejadas com gratas revistas,
Deixavam exuberantes os corações!
Surgiu a imponência do mercado,
Que estabeleceu a lei da vantagem,
E impôs às festas um novo legado,
Sem memória e sem camaradagem.
Na avidez do lucro avantajado,
Estimulação se deu ao vendável,
Que, ao engolir o homenageado,
Centralizou o lucro e o agradável.
Muitas festas se tornaram expressão,
Da hegemonia dos espertos falastrões,
Que, ao custearem minguada refeição,
Exigiam servis e atreladas
submissões.
Outros descobriram nos inúmeros
bares,
E nos restaurantes espalhados em
profusão,
Possibilidades de festejar, distante
dos lares,
Para amenizar vazio, desconforto e
solidão.
Poucas festas sobrevivem em nossos
dias,
Capazes de reavivar as lutas e
conquistas,
Em meio a belas e envolventes
melodias,
Com transbordamento para novas
pistas.
O sofrimento passado, ao ser
integrado,
Reporta para outras condições
possíveis,
Em que os processos do agir
fracassado,
Integram o rol dos atos mais
plausíveis.
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