terça-feira, 22 de abril de 2014

A socialização da doença



Quando o estômago fala,
Mais alto que o cérebro,
E o pensamento que rala,
É movido pelo cerebelo,
O que pode sair da fala?

O tribalismo dos gestos,
Dos gostos e das falas,
Aumenta fãs honestos,
Que imitam sem alas.

Quando o assunto primordial,
Centraliza a partilha da doença,
Não se rompe o abismo colossal,
Do que se diz e do que se pensa.

Uns falam e comentam horrores,
Outros absorvem as carapuças,
E internalizam as múltiplas dores,
E não se evadem das escaramuças.

Quisera ver o imaginário domesticar,
Coisas mais fruitivas e mais fagueiras,
Sem controle da razão a causticar,
A criação de doenças corriqueiras.

Quando o sistema introduz,
Vasta indústria da doença,
Muito pouca conversa induz,

À necessária convalescença.

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