terça-feira, 28 de janeiro de 2025

NOVO SANTUÁRIO

 

 

O altaneiro e luxuoso altar sagrado,

Da personalidade, o santuário criado,

Força o mundo à adoração universal,

Dos magnatas da mídia sensacional.

 

Nem Igreja e nem templo suntuoso,

Para a fé e a espiritualidade do gozo,

Pois, basta adorar egos proclamados,

De oligarcas da tecnologia, venerados.

 

É uma religião não do amor e serviço,

Mas, da acolhida passiva de submisso,

Do discurso fascista de heróis focados,

Prometendo felicidade e bons legados.

 

No ego adornado pelo poder da mídia,

Não percebem traição e nem perfídia,

Com a ilusão da felicidade prometida,

Em simulações da verdade contorcida.

 

Na propagação do seu excelso poder,

Está norteado o espírito para crescer,

À custa do consumo das informações,

Bombardeadas para pias assimilações.

 

Controlar sujeitos para elevar seu ego,

Nega quaisquer resquícios do superego,

Pois, passado e seu legado não importa,

Ao que o desejo de ambição comporta.

 

São os deuses da privatização do espaço,

E do que nele existe para seu maneiraço,

Desde que proporcione lucros fantásticos,

Para acúmulo de patamares bombásticos.

 

Nada importam os explorados do planeta,

Pois, mitos devem ecoar como trombeta,

Para serem ouvidos, engolidos e digeridos,

Como deuses a serem os únicos adorados.

 

 

 

 

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