Tão marcados pela ideologia
produtivista,
Já não sobra boa alternativa de
conquista,
No campo da fraternidade e da
convivência,
Pois tudo vale como objeto de
preferência.
Os desejos criados e estimulados ao
infinito,
Revelam insondável mundo ansioso e
aflito,
Pelo que promulga sentido e gosto na
vida,
Na dura bipolaridade de amor e ódio
na lida.
A montanha de desejos da condição
humana,
Tornou-se a inesgotável fonte que
promana,
Luta por conquista com uma paixão
violenta,
Sem simples cultivo de emoção que
acalanta.
Então, sonhada liberdade é apenas o
direito,
De cultivar o ilimitado desejo de
preconceito,
Para garantir saciedade de posse e
conquista,
Longe da benevolência que em nada
contrista.
Sob uma ostensiva fala do direito à
liberdade,
Justifica-se ação da dominadora
superioridade,
Para praticar todo e qualquer maldoso
negócio,
Como direito inalienável para um
rendoso ócio.
Múltiplas persuasões disfarçadas e
sugeridas,
Tornam-se critério para as
mercantilistas lidas,
Onde se avalia pela utilidade e
desempenho,
E o interlocutor é tratado com frio
desdenho.
No processo de socialização atrelada
a desejos,
O “pensamento único” dos capitalistas
ensejos,
Já não deseja superar o mundo das
maldades,
Porque estas gestam a essência das
atividades.
Quando os males alheios também são
pessoais,
A liberdade pressupõe atos bem
exponenciais,
Que diminuam maldades sólidas e
arraigadas,
Nas relações humanas, já vis e
desrespeitadas.
Se o horizonte dos desejos não vê
boas relações,
Seres humanos, meros objetos para
aberrações,
Servem para a hedionda indústria da
destruição,
Onde o poder bélico e guerreiro rege
a educação.
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