segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

SOB UM SISTEMA IMPLOSIVO

 

 

Tantos alertas de colapso iminente,

Não repercutem no sistema vigente,

Que cria uma cegueira generalizada,

E fere vida em declinação acelerada.

 

No útil e exitoso mito de progresso,

Tudo deve ser produtivo no sucesso,

E exibicionismo do ótimo resultado,

Gera o mundo humano desandado.

 

O extraordinário consumo induzido,

Em fenomenal publicidade e alarido,

Produz a ânsia voraz pela novidade,

E desmonta as regras da sociedade.

 

Ao fenomenal processo de produção,

Atrela-se tirânico poder de destruição,

A inchar a Terra com veneno de morte,

Produzindo agrotóxicos de toda sorte.

 

Como toda atividade precisa dar lucro,

Até guerra é adorada pelo sobrelucro,

Mesmo ocultando fome e sofrimento,

E ceifando seres por motivo birrento.

 

Ouvidos surdos da indústria poluidora,

Soltam veneno de forma devastadora,

E fechados ante o colapso planetário,

Matam um valioso projeto societário.

 

Mesmo sob o colapso em andamento,

Divino agronegócio do arrebatamento,

Preenche pobres mentes estupefatas,

Com publicidade que as torna ingratas.

 

Se o clima já torra rica biodiversidade,

E confirma a cada dia sua voracidade,

Impacta em nossa condição humana,

Com inoperância de projeção insana.

 

Uma teimosia na intoxicação sistêmica,

Insensível à condição terrena endêmica,

Eterniza as indústrias de contaminação,

E aposta só nas armas para conciliação.

 

Morte das organizações democráticas,

Com aumento das ordens dogmáticas,

Favorece um consumismo adoentado,

Sob a lógica de um lucro disparatado.

 

Não conta o esgotamento de recursos,

Ocultado por hiperfalaciosos discursos,

Mas vale a obsessão por muita posse,

Que nada agrega para morte precoce.

 

 

 

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