quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

VISIBILIDADE HEGEMÔNICA

 

Tão apreciada no aparato social,

Tornou-se, na Igreja, referencial,

Para saudosismo da cristandade,

Religião burguesa de visibilidade.

 

Fez da forma litúrgica um centro,

Para reviver nostálgico epicentro,

Dum vistoso rubricismo litúrgico,

De lídimo aparato dramatúrgico.

 

Sem “amai-vos como vos amei”,

Testamento de Jesus para a grei,

Volta-se ao cristianismo burguês,

Com exibidas etiquetas e clichês.

 

Sua fé faz associações culturais,

Das práticas religiosas ancestrais,

Sem revelar a grandeza invisível,

Daquele Deus em gesto indizível.

 

Como telescópios e astrofísicos,

A falar sobre fenômenos físicos,

Querem ostentar o Deus visível,

Em retórica fala incompreensível.

 

Sem reaproximar o culto da vida,

Fixados em imagética desmedida,

Apontam os caminhos integristas,

Para as seguranças salvacionistas.

 

Não revelam no instante presente,

O Deus invisível de modo atraente,

Pois não amam como Cristo amou,

E, tampouco gostam do que falou.

 

Se o olhar da honra rouba o da fé,

Importam edificações e não o bofé,

Com belas mobilizações humanas,

Para ratificar aspirações doidivanas.

 

 

 

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