Regressados do exílio na Babilônia,
Os judeus fecharam sem cerimônia,
Sua convicção nacionalista extrema,
E se fanatizaram na sua borborema.
Com estimulação de ódio a ninivitas,
Longe da misericórdia, falas
malditas,
Esperavam castigo divino contra eles,
E desejavam o fim para as suas reles.
Para contestar tamanha mesquinhez,
Curto romance ironizou a estupidez,
Na simbologia do personagem Jonas,
A postura de tantas pessoas fujonas.
Jonas ao sentir a interpelação
divina,
Para suplantar a sua postura cretina,
E proclamar conversão aos inimigos,
Embarcou em navio com choramigos.
Violenta tempestade no meio do mar,
Fez os marinheiros de Jonas
desconfiar,
E ele culpado, jogado ao fundo do
mar,
Foi comido por baleia para o
consumar.
Ante tão mesquinha e indigesta carne,
A baleia sentiu um necessário
escarne,
E sem conseguir digestão após três
dias,
Teve que apelar para as inusitadas
vias.
Na reação ao mesquinho corpo
estranho,
Convulsionou todo seu mundo entranho,
E ejetou para fora do mar a carne
ignóbil,
Duma criatura tão exaustivamente
inébil.
A bondade de Deus ajudou-o a
discernir,
Para que a sua fé permitisse o
concernir,
Para além da discursividade
ameaçadora,
Condição de perdão para vida
animadora.
Insatisfeito com a misericórdia de
Deus,
Jonas desejou morte aos inimigos seus,
Movido pelos preconceitos aos
ninivitas,
E desejava salvação só para os
israelitas.
Símbolo da equivocada imagem de Deus,
Jonas serviu como interpelação a
judeus,
Que Deus ama apesar de grandes
limites,
E espera coerência para os evitar
palpites.
Se Ele ama judeus quanto seus
inimigos,
Os outros podem ser os melhores
amigos,
Quando se rompe o preconceito e o
ódio,
E se supera deplorável modo do
episódio.
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