sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

AUTORIDADE DE JESUS

 

 

Ao domiciliar-se em Cafarnaum,

Sob descaso e pobreza comum,

Jesus cumpre as suas promessas,

A pobres de carências confessas.

 

Ante a centralidade do templo,

Sem irradiar amor por exemplo,

Jesus fez visita a uma sinagoga,

Segundo o costume ali em voga.

 

Ali escribas interpretam textos,

E se remetem para metatextos,

Para motivar contra desânimo,

E resistir ao estado pusilânimo.

 

Jesus encantou aquelas pessoas,

Sem erudições acadêmicas boas,

Mas com autoridade da conexão,

De quem o interpelava para ação.

 

Sem a rebuscada e fina retórica,

E sem clima de sedução eufórica,

Mostrou autoridade ao possesso,

E acalmou sua doença de excesso.

 

No seu primeiro sinal de salvação,

Jesus demonstrou à judaica nação,

Que age contra o mal estabelecido,

E relega o povo refém esmaecido.

 

Naquele tempo sem conhecimento,

Dos objetivos fatores de sofrimento,

Atribuía-se sofrência a espírito mau,

Que constrangia num maldoso grau.

 

Dizia-se que vinha do mar agitado,

E nos indefesos de medo inusitado,

Causava domínio e larga opressão,

Sob omisso governo de exploração.

 

Marco simbólico a espíritos maus,

Jesus desmascara maldosas naus,

Que espoliam a dignidade da vida,

E exploram a condição denegrida.

 

Sem palavreado de efeito mágico,

Silencia o espírito imundo trágico,

Para revelar novidade da sua fala,

E para outro jeito de vida propala.

 

Tocou na raiz do que desumaniza,

 Que o mundo religioso demoniza,

E incriminou as classes opressoras,

Sem mínimas intenções salvadoras.

 

 

 

 

 

 

 

 

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