quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

TÉDIO E TIBIEZA

 

 

Preâmbulo

        Tédio e tibieza ou tepidez constituem palavras, - muitas vezes usadas como sinônimos, - mas, dentro de um enorme universo de significados variados. Neste texto salientamos tédio como experiência distinta de tibieza, e esta, como termo mais específico de linguagem religiosa católica, numa leitura de cunho prescritivo e controlador. Tanto tédio, quanto tibieza possuem vinculação estreita com a noção de tempo.

1 – TÉDIO 

            Não é nada anormal sentir tédio por algum instante, e, em algum momento da vida. Mesmo distinto da apatia, o tédio é vivido, por muitas pessoas, de forma inconsciente, mas, segundo Miguel Unamuno, “o tédio é o fundo da vida, foi o tédio que inventou os jogos, as distrações, os romances e o amor”.[1]

Nosso tempo, de intenso uso de celulares, e-mails, mensagens de What Zapp, e tantos outros meios eletrônicos para interagir com outras pessoas, parece não propiciar suficientes energias para amenizar as sensações de enfado e de tédio. Este, provavelmente, indica alguma outra situação que não anda bem. Mesmo sem defini-lo em pormenores, a maioria das pessoas experimenta sensações de tédio: uma sensação de vazio, bem distinta de preguiça e de cansaço.

            Segundo Laura Folgueira, “o tédio causa alterações no funcionamento do cérebro: as áreas ligadas à visão, linguagem e autocontrole se desconectam entre si”.[2] A sensação de nojo funciona com fator de proteção, perceptível em diversos gestos, tais como: a) dobrar o pescoço para o lado, a fim de explicitar que não se está afim de ouvir o que outra pessoa está falando; b) colocar as mãos no queixo com apoio dos cotovelos na mesa; c) desviar o olho do interlocutor durante sua fala, como expressão de impaciência; apoiar os braços no quadril, para explicitar tédio e repulsa.[3] 

A vasta oferta de textos no Google a respeito de tédio, oferece uma perspectiva predominante indicadora de soluções para vencer o tédio, sobretudo, atividades que preenchem o tempo. Mais do que teorizar sobre esta experiência de vida, tais proposições constituem motivações e apelos para ajudar a sair da condição do tédio. Olha-se o tédio, pelo anti-tédio. Não como busca de entendimento do que se trata. Sobretudo a orientação norte-americana é rica em indicação de jogos, de cinema, de rádio, televisão, parques temáticos, esportes, carros, gastronomia e tantas outras coisas para ocupar as pessoas com tédio e preenche-las com atividades que possam atenuar e dispersar o tédio.

A motivação técnica-industrial associou o trabalho como fonte de realização e de satisfação das pessoas consigo mesmas, e com a promessa de que trabalho geraria riqueza, e muitos produtos para serem consumidos.[4] Tal perspectiva tende a produzir uma cultura causadora do tédio. Quem não consegue trabalho e quem precisa trabalhar em ambiente hostil, ou, do qual não gosta, acaba se predispondo para dificuldades maiores em relação ao como passar o tempo. Sob esta ótica, o tédio pode ser definido como o estado de não ter nada para fazer ou fazer algo destituído de sentido e significado.

“Não ter nada para fazer é diferente do que não fazer nada. O não fazer nada porque assim se corresponde ao ócio. É uma decisão. No ócio não há tédio. Há tédio quando somos obrigados a nada ter o que fazer, quando somos obrigados a esperar que o tempo passe”.[5]

O trabalho intenso e as múltiplas atividades não contornam, necessariamente o tédio. Como escreveu Fernando Pessoa: “Não é o tédio a doença do aborrecimento de nada ter que fazer, mas a doença maior de sentir que não vale a pena fazer nada”.[6]

Normalmente o tédio decorre da obrigação de ter que fazer algo desinteressante:

“Quem diz ‘minha vida é um tédio’ está afirmando que ela é morna, insípida, vazia, insignificante, triste, melancólica, monótona, rebarbativa, sombria, insuportável, longa demais. Não são apenas momentos que não passam, é a vida inteira que se arrasta. Não são apenas horas penosas a vencer, são anos a fio a suportar. Não é por acaso que existe a expressão ‘tédio mortal’”.[7]

Para se chegar a este estado, muitas variadas razões podem ser arroladas como causadoras: pode ser a da convivência infeliz, das atividades repetitivas e maçantes; a necessidade de ter que executar algo sem interesse; contingências que obrigam a mudar de lugar, de serviço e de tipo de atividade.

 

1.1  – Características do tédio

 

Segundo o pensador Pascal tédio constitui um tipo de depressão, de tristeza e de falta de sentido na vida.[8] Santandreu atrelou a má fama do tédio à sociedade do consumo e do ócio, porque esta cobra constantemente que se deva estar ocupado e fazendo coisas emocionantes e tudo depende do como se interpreta este momento.[9]

“O tédio é um fenômeno que revela tudo o que enfada, molesta, cansa, aborrece, incomoda, enjoa e estagna nossa existência. Todos nós, em várias circunstâncias vivenciamos o tédio em dias ou horas tediosas. Mas quando o tédio domina e escraviza o ser humano em sua totalidade, então entramos na problemática da neurose do tédio”.[10]

1.2.Tédio e tempo

 

Na medida em que a “cultura do tédio” vai tomando conta da vida das pessoas, constata-se cada vez mais a estreiteza da experimentação do tédio com a concepção do tempo. “Há uma relação muito próxima e íntima entre o tédio e o tempo. Tempo no tédio, é tempo longo, tempo que não passa, tempo que não se alonga além da expectativa”.[11]

Nesta sensação em que os ponteiros do relógio parecem não se deslocar, constata-se que o tédio não decorre da mera falta de ocupação, mas, precipuamente, da falta de sentido para a ocupação. Produz-se um mundo de vida pequena, sem sentido, sem vontade de aprendizagem, sem conhecimento, sem projetos, sem energia e sem fluxo de potencialidades.

A constatação do tédio pode também ensejar uma radical mudança de rumos na vida: “No lado oposto da cultura do tédio, está a possibilidade de construirmos uma cultura do sentido e as possíveis consequências de pensarmos e projetarmos um processo de auto-avaliação...”.[12]

Isto, evidentemente, quando se lida com o tédio para transcende-lo.

 

2       – TIBIEZA

 

A tibieza está ligada a um transtorno de ânimo, com sentimentos de fraqueza, frouxidão, debilidade e com falta de ardor e de entusiasmo.

A vasta relação de palavras antônimas de tibieza, situam aproximadamente seu pano de fundo: a) atividade, ação, vitalidade, energia, vigor; b) Rigidez, firmeza; c) Entusiasmo, sensibilidade, interesse; d) Vida, dureza, empenho, austeridade, inflexibilidade, susceptibilidade, esforço, severidade, alegria, agrado, bom humor, contentamento, desfastio, jovialidade, jubilidade, ledice, prazer, regozijo, satisfação, rigor, segurança, aspereza, rudeza, estabilidade.[13]

Na tradição cristã, tibieza ou tepidez lembram, sobretudo, frouxidão, pouca intensidade e pouca força de ação ligada ao estado de pecado venial. Assim toda a dimensão psico-somática fica restrita ao estado de pecado que precisa ser confessado para receber os “remédios” da absolvição e, com a terapêutica de procedimentos para a cura.

 

2.1  – Causas da tibieza

 

Vista como um relaxamento espiritual, a tibieza teria a virtualidade de enfraquecer as energias da vontade, produzindo languidez e torpor. Divino Antônio Lopez destaca dois tipos de causa da tibieza:

a)     A defeituosa busca espiritual;

b)     Permanência em motivação mórbida. Que consiste numa espécie de apatia espiritual e que induz a três concupiscências: curiosidade e sensualidade com muitas tentações; momentos de orgulho; manifestação de cobiça, com necessidade de dinheiro para agenciar prazer e tentação para procedimentos desonestos e injustos.[14]

No Brasil, um pequeno livro, publicado em 1948 por Ascânio Brandão, tornou-se importante referência para muitos artigos e orientações televisivas que visam orientar fiéis para a lida com a tibieza espiritual. O referido autor salientava oito sinais da tibieza espiritual:

a)     Omissão fácil de práticas de piedade e dos exercícios de piedade;

b)     Negligência nos exercícios de piedade, com vida rotineira, distraída, sem generosidade e sem empenho pela auto-correção;

c)      Aborrecimento e uma ideia fixa de que tudo vai mal;

d)     Agir sem reta intenção, sem ordem e sem método;

e)     Permanência na mediocridade e negligência nos hábitos virtuosos;

f)      Desprezo das pequenas coisas, sobretudo as de mortificação;

g)     Pensar mais no bem feito do que naquele que está por ser feito;

h)     Permanecer no hábito do pecado venial, isto é, não cultivar desejo de sair deste quadro.[15]

Na sua visão essencialista, Brandão destacava as espécies, os sinais e também as consequências da tibieza; bem como, os necessários remédios:

1) quanto às espécies, apresentava a fragilidade e a irreflexão; a tibieza da vontade (uma vontade enfraquecida); e, a tibieza do pecado venial voluntário;

 2) quanto aos sinais: omissão fácil nas práticas da piedade; execução da piedade com negligência;[16]

3) como consequências e males decorrentes da tibieza, Brandão salientava que eram funestas, por diversas razões: a) por aborrecer a nosso Senhor e obriga-lo a abandonar-nos; b) por enfraquecer a alma e afastar as pessoas da graça, ensejando a força dos inimigos da alma; d) um caminho com os caracteres que induzem ao pecado mortal; e) um caminho que produz cegueira espiritual; uma predisposição para a impenitência final pelo abuso da graça oferecida;

4) Indicação de remédios: a) descobrir a tibieza, através de meditação e exame de consciência; b) fazer o que foi omitido e faze-lo bem, sobretudo as práticas de piedade omitidas; c) fazer tudo com método e pureza de intenção; d) Meditar todos os dias; e) fazer uma penitência depois de cada falta; f) mortificar-se; g) preparar-se bem para as práticas de penitência e comunhão; h) cultivar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus; i) rezar o rosário de Nossa Senhora.

Nesta ponderação salta evidente a ausência de recomendações em torno da Palavra de Jesus Cristo. A insistência na piedade, também deixa transparecer um mapeamento religioso para a vida dos fiéis comuns.

Muita prescrição normativa que submete, mas que não liberta e que atrela somente a práticas religiosas vinculadas à orientação de um presbítero. Talvez seja por isso que certas correntes na Igreja atualizem literalmente esta perspectiva do padre Brandão, porque lhes enseja um discurso autoritário e controlador que, praticamente, não fala de Jesus Cristo, mas apenas de uma concepção do Espírito Santo e atrelam toda a superação da tepidez à iluminação do pregador.

Por outro lado, como aponta o teólogo italiano Francesco Cosentino, “a tentação de regressar com saudade a uma época alegadamente melhor e ‘cristã’ com a intenção mal disfarçada de regressar à Igreja que se torna uma potência deste mundo para obter influência social e relevância pública, está sempre atrás da esquina”.[17]

Existe uma tentação saudosista de regresso a uma época alegadamente melhor e mais cristã do que a de nossos dias, com evidente desejo de retorno a uma Igreja potência, socialmente influente e relevante:

“Os melhores estudos sobre o tema sugerem uma leitura crítico-teológica da crise atual, interpretando-a como um sinal dos tempos, para a redescoberta da fé autêntica: abandonar finalmente uma religiosidade reduzida a uma moldura cultural e ética, para se abrir a um verdadeiro encontro com Cristo e seu Evangelho”. [18]

Na onda regressiva ao passado, são muito lembradas as orientações de São Pedro Alcântara: “És tíbio se fazes preguiçosamente e de má vontade as coisas que se referem ao Senhor; se procuras com cálculo ou ‘manha’ o modo de diminuir os teus deveres; se só pensas em ti e na tua comodidade; se as tuas conversas são ociosas e vãs; se ages por motivos humanos”.[19]

Outros pregadores gostam de recorrer a Santo Tomás de Aquino, que destacava seis filhas da tibieza; 1 – Falta de esperança – o desânimo ante as coisas de Deus, uma espécie de incapacidade para cultivar uma vida interior rica e exigente, por falta de forças; 2 – Uma imaginação descontrolada – soltar-se na imaginação e nela refugiar-se para encontrar consolo e felicidade fictícia; 3 – Torpor e preguiça mental – em relação ao sobrenatural; 4 – Pusilanimidade – um ânimo fraco, covarde, com pecados de omissão que evita a capacidade de acolher as graças do Espírito Santo; 5 – Rancor e espírito crítico – sobretudo contra aqueles que lutam para serem melhores, pois, além de não querer mudar, ainda falam mal daquele que muda porque estaria errado; 6 – Maldade – escolha consciente do mal, um dos pecados graves que o ser humano pode cometer.[20]

Nesta perspectiva, também segue a orientação de Josefa Alves: uma vez que uma alma tíbia é uma alma morna, fraca, preguiçosa, desanimada e sem fervor, “o único remédio contra a tibieza é o Espírito Santo, porque não existe verdadeiro fervor se não for inflamado pelo fogo do Espírito”. E segue com a sugestão de um novo Pentecostes:

“O Espírito Santo não se contenta em justificar-nos do pecado, mas prolonga a sua ação entre nós até nos fazer ‘fervorosos no Espírito”. Comporta-se em nós como fogo quando se apega à lenha úmida: primeiro a expurga. Arrancando-lhe com barulho todas as impurezas, depois a inflama progressivamente, até que se torne toda incandescente e ela mesma se transforme em fogo”.[21]

Eduardo Passero destaca doze sinais para alguém discernir se caiu na tibieza ou se está para entrar neste estado de pecado:

1– Desvio da obrigação de tender à perfeição e conformismo com a lei;

2 – Habituar-se aos pecados veniais e sem vontade de emendar-se;

3 – Confessar-se por mera rotina sem predisposição para corrigir-se;

4 – Fazer boas obras somente por vaidade;

5 – Rejeitar conselhos e correções;

6 – Rebaixar os demais e sempre achar pretexto para murmurar contra eles e criticá-los;

7 – Louvar os próprios atos com loquacidade, procurando somente amigos que elogiam seus trabalhos e projetos;

8 – Procurar lugares de distinção que o tornam a pessoa mais vistosa;

9 – Desculpar-se para não fazer trabalhos simples e humildes;

10 – Mesmo inobservante, acha-se na condição de acusar os demais;

11 – Priorizar distinção e comodidades, com propensão à ira e ao amor sensual;

12 – Desempenhar suas funções com precipitação e distração.

 

2.2  – Perigos da Tibieza

 

Divino Antônio Lopez destaca dois grandes perigos decorrentes da tibieza, pois, enfraquecem as forças interiores e levam àquela indiferença de não ser nem quente e nem frio: a) Cegueira de consciência – que leva a justificar e a desculpar as próprias falhas e a falsear os juízos; b) Enfraquecimento da vontade – com concessões à sensualidade, cultivo do orgulho; aborrecimento, vontade frouxa e desleixo no que se ama; resistência à inspiração do Espírito Santo.[22]

Em contrapartida, o referido autor apresenta os remédios contra a tibieza: acrisolar-se no fogo; procurar abrir-se com alguém (confissão e orientação); retomar a prática de virtudes dos deveres; desejar perfeição; dar-se todo a Deus, cultivar a meditação, comunhão frequente e cultivo da oração.

 

3       – TIBIEZA OU TEPIDEZ?

 

Tepidez é sinônimo de tibieza; e possui um sentido figurado de pouca força, de frouxidão, fraqueza ou lassidão.

O Papa Francisco desviou a linguagem antiga e medieval em torno da tibieza e sua conotação marcada pela concepção maniqueísta que atribui ao demônio o avanço da tepidez numa pessoa. Evita assim, uma noção passiva do ser humano, vítima da ação persuasiva de dois polos: o de Deus, e o do diabo; cada um agindo de fora sobre as pessoas a fim de arrebanhá-las para o seu lado.

O Papa também não reproduz aquela terapêutica de piedades e se refere à tepidez, ou tibieza, como “mornidão espiritual”, que nos associa ao cemitério. Mornidão espiritual equivale a esconder-se atrás das incertezas para protelar as atividades.

Entra-se na “mornidão espiritual” com a postura de fechamento para que os problemas não entrem, mas, se prossegue na ruína, porquanto ao não se arriscar, acaba-se numa adaptação à vida difícil do jeito que está.[23]

Para ilustrar a “mornidão espiritual”, o Papa também usa a expressão “cristãos pela metade”, que não confiam e, tampouco, querem se arriscar a procurar algo novo ou inusitado. Na imagem do profeta Ageu, que desejava reconstruir o Templo de Jerusalém, destruído há mais tempo, ele sentiu o povo como preguiçoso e resignado a viver naquele ambiente derrotado. Com o coração amargurado, aquelas pessoas andavam sem vontade de trabalhar. Diziam: “Mas não, para quê, talvez é uma ilusão, melhor não arriscar, vamos ficar assim”. Na isenção também não admitiam a ajuda de Deus. “E este é o drama destas pessoas, e também o nosso, quando somos tomados pelo espírito de tepidez, quando vem aquela mornidão da vida, quando dizemos: Sim, sim, Senhor, tudo bem... mas com calma, calma, Senhor, vamos deixar assim. Amanhã eu faço! Para repetir o mesmo amanhã e amanhã adiar para depois de amanhã e adiar ainda... e assim uma vida para adiar decisões de converter o coração, de mudar de vida”.[24]

Assim as pessoas acabam como um farrapo, porque nada fizeram, mas a paz e a calma mantidas para si mesmas, constitui uma paz de cemitério.

“Quando entramos nessa tepidez, nesta atitude de mornidão espiritual, transformamos a nossa vida em um cemitério: não há vida. Há somente fechamento para que os problemas não entrem, como essas pessoas que disseram ‘sim, sim, estamos em ruínas, mas não arriscamos: melhor assim. Já estamos acostumados a viver assim”[25]

 

 

EPÍLOGO

 

Como palavras finais, destacamos que a abordagem do tédio nos remete para uma característica ligada à saturação do tempo. Como tudo é antecipado, desde o desenvolvimento infantil, a precocidade é vista como um grande fator de auto-afirmação. Ao lado disso, devido ao bombardeamento com excesso de informações, as pessoas acabam se extenuando a tal ponto, que já não conseguem antever algo bom no que está por vir, pois, diante do que experimentaram, já preconizam que vai ser sem graça. Assim, o tédio constitui, também, uma manifestação de saturação e de antecipação de que, algo por vir, não vai propiciar nenhuma satisfação.

Quanto ao segundo aspecto, o da tibieza ou tepidez, parece-nos que a expressão usada pelo Papa Francisco, -  a da “mornidão espiritual”, - agrega o significado das palavras antigas e lhes aufere uma conotação mais simples, popular e mais dinâmica para esta mesma realidade. Por conseguinte, deixa transparecer que tibieza não constitui algo meramente do âmbito pessoal da fé de uma pessoa, mas, que decorre de um jeito coletivo de convivência, que induz a certas posturas de frouxidão no zelo e no esmero por alguma causa importante na sociedade.

 

 

 

 

 

 



[1] UNAMUNO, Miguel. In: pensador.com/autor/miguel_unamuno/ [Link]

[2] FOLGUEIRA, Laura. O lado bom do tédio. In: super.sbril.com.br/saúde/o-lado-bom-do-tedio/ [Link]

[3] Idem, ibidem.

[4] LOVISOLO, Hugo. Mídia, lazer e tédio. In: www.portcom.intercom.org.br>revistas>article>view pdf, p. 59-60.

[5] In: statics-submarino.b2w.io>looks>firstChapter pdf; p. 16

[6] PESSOA, Fernando. In: freasesfamosas.com.br/frases-de/Fernando-pessoa {Link]

[7] LOVISOLO, Hugo, op. cit. P. 17.

[8] In: cvv.org.br/blog/a-importância-do-tedio 

[9] Idem, ibidem.

[10] APANOUSIS, Solon. Neurose do tédio. In: daseinsanalyse.org/artigo.php?id=1  [Link]

[11] FAVERO, Altair Alberto e TONIETO, Carina. Auto-avaliação na formação de professores: da cultura do tédio à promoção da cultura do sentido nas instituições de ensino. In: educere.bruc.com.br/arquivo/pdf/2017/24166_12106. pdf

[12] Idem, ibidem.

[13]  In: antônimos.com.br/tibieza [Link]

[14] Lopez, Divino Antônio. Frio ou quente. In: filhodapaixao.org.br/escritos/comentários/escrituras/escritura_0124.htm

 

[15]  In: BRANDÃO, Ascânio. 8 sinais de tibieza espiritual. In:pt.aleteia.org/2018/04/19/8-sinais-da-tibieza-espiritual [Link]

[16] BRANDÃO, Ascânio. A tibieza – seus sinais, consequências, remédios. (2ª ed.) Petrópolis: Vozes, 1948.

[17] COSENTINO, Francesco. Para além da “religião civil” e do ‘cristianismo burguês. In: ihu.unisinos.br/605988-para-alem-da-religiao-civil-e-do-cristianismo-burgues-2-artigo –de-francesco-cosentino.

[18] Idem, ibidem.

[19]  Do livro CARVAJAL, Francisco Fernandes. Falar com Deus. In: institutohesed.org.br/tibieza-e-amor-de-deus-2 [Link]

[20] LOPEZ, Carlos. Estado de tibieza. In: carloslopezschalom.wordpress.com/2010/08/26/estado-de-tibieza [Link]

[21] ALVES, Josefa. Você sabe o que é tibieza? In: coveshalom.org/você-sabe-o-que-e-tibieza/ [Link]

[22] LOPEZ, Divino Antônio, op. cit.

[23] In: franciscanos.org.br/noticias/papa-a-mornidao-espiritual-transforma-a-nossa-vida-num-cemiterio.html#gsc.tab=0

[24] In: portalfazenda.org/shared/Artigo/2019-09-26papa-a-mornidao-espiritual-transforma-a-nossa-vida-num-cemiterio.Html

[25] Idem, ibidem

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