quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

SOBRIEDADE

 

Na obstinação da sociedade,

Que indica larga saciedade,

Sempre propugna consumo,

A felicidade e exitoso rumo.

 

Excesso e a extravagância,

Com a vistosa abundância,

Feitos altares de adoração,

Veneram boa alimentação.

 

Distante duma temperança,

Reluz a enaltecida festança,

Das esnobadas bebedices,

E posteriores gabarolices.

 

Mesmo sem ser aclamada,

A austeridade vilipendiada,

Fornece qualidade de vida,

E aufere satisfação querida.

 

As festas com sobriedade,

Alargam a lídima bondade,

Da singeleza transbordante,

Que motiva rumo vibrante.

 

Sociedade menos violenta,

Não gesta razão que atenta,

Sem os teores alcoolizados,

Irão mover os inebriados.

 

Na parcimônia dos excessos,

Some mundo de possessos,

Que infernizam tantos lares,

E os locupletam com azares.

 

É bom fruir o comedimento,

Na degustação do alimento,

Para que conversa partilhada,

Produza empatia desandada.

 

 

 

 

 

 

 

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