Desde os primórdios bíblicos,
Os encantamentos públicos,
Por descoberta de segredos,
Gestou devaneios e enredos.
Apelos mágicos para intuições,
De raras e divinas atribuições,
Moviam os bruxos e adivinhos,
Para animar incautos povinhos.
Vistas como infrações graves,
As abominações de entraves,
Falseavam no acesso a Deus,
O serviço profético aos seus.
Via-se na única função lícita,
Pessoa humanitária e solícita,
Não votada e nem escolhida;
Sob amor de Deus aquiecida.
Na escuta fiel e sintonizada,
Captaria vontade desejada,
Para repassá-la a seus fiéis,
E indicar-lhes bons cordéis.
Como naqueles idos tempos,
Com variados passatempos,
Profetas pregam sem limites,
Inspirados nos seus palpites.
Sob a magia e excentricidades,
Enaltecem suas celebridades,
Com trejeitos e adivinhações,
Para arregimentar multidões.
Ofuscam verdadeiros profetas,
E se tornam pobres anacoretas,
A mendigar crédito de milagre,
Com sabor de vencido vinagre.
Mais que o prestigiado sujeito,
Espera-se postura de respeito,
De uma comunidade profética,
Com muita sensibilidade ética.
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