sexta-feira, 12 de junho de 2020

PENDURICALHOS DA FÉ

 

A ação evangelizadora,

Deveria ser promissora,

Mas refém desvirtuada,

Entrou na porta errada.

 

Atrelada a organizações,

Que visam as multidões,

Vira objeto de consumo,

De um vistoso emplumo.

 

Sob os favores da mídia,

Que lhe armou a insídia,

A evangelização encanta,

Somente como percanta.

 

A motivação do dinheiro,

E um discurso altaneiro,

Com os apelos ao aparato,

Gesta um encanto cordato.

 

O desejo de hegemonia,

E o avanço de sintonia,

 Causam pífia bajulação,

De insinuante adulação.

 

A Barganha pelo topo,

Revela o cego escopo,

De um grupo poderoso,

Fito no portento vistoso.

 

A ação evangelizadora,

Nesta meta enganadora,

Vira prateleira de bens,

Que encanta seus reféns.

 

Com oferta dos objetos,

Os apelos nada discretos,

Insinuam um fetichismo,

Pelo intenso consumismo.

 

As Jóias e muitas viagens,

Permeiam tantas aragens,

Com o deslinde religioso,

Para muita bênção e gozo.

 

Na aquisição do sagrado,

Sob um preço facilitado,

Escanteia-se a Boa Nova,

E obstrui-se o que inova.

 

Sem as urdiduras vitais,

Tantos religiosos visuais,

Apresentam imbroglios,

Bem atraentes aos olhos.

                                                

Já para o reino de Deus,

Sobra só um frio adeus,

Porque penduricalhos,

São bons quebra-galhos.

 

 

 

 

 


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