No
endeusamento da ciência,
O valor
da alta competência,
Pelo mito
frankensteiniano,
Gera o legado
social insano.
Quer-se o
perfeito à imagem,
De
semelhança e roupagem,
Dos
científicos aventureiros,
Que não gestam
herdeiros.
Relegam
seus filhos gestados,
Ao
abandono dos degradados,
Pois o
que criaram na ciência,
Afigura-se
filho de demência.
Abandonado
na própria sorte,
Sem
empático olhar de aporte,
Não
aprendeu a ser cuidadoso,
Nem sujeito
sensível e bondoso.
Relegado na
condição indefesa,
A
criatura cresceu sem inteireza,
Porque
abandonada pelo criador,
Não
adquiriu humano pundonor.
Sem o
valor de si e da auto-estima,
Encontrou
na solidão a subestima,
Da vida
toda fracassada e trágica,
Monstrenga
e na fantasia mágica.
O orgulho
da conquista científica,
Que
abandona sua cria magnífica,
Gera
monstros que ficam isolados,
Anti-sociais
e de perigosos legados.
A
anomalia atenta contra o criador,
Do deus
positivista e conquistador,
Ávido por
domínio, poder e saber,
Mas, sem
a ação de se enternecer.
Nesta
tragicidade do nosso tempo,
Com este inesperado
contratempo,
Todo ódio
da criatura pelo criador,
Perpetra-se
em desumano torpor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário