terça-feira, 9 de junho de 2020

CADA TEMPO COM SEU CONDE DRÁCULA


No imaginário dos tempos,

Diante dos contratempos,

O fascínio pelos vampiros,

Provoca arfadas e suspiros.

 

Vetusta condição humana,

Do medo de morto irmana,

Ante sugadores de sangue,

Em pavoroso bumerangue.

 

Raiz do vampiro moderno,

Evoca coração sempiterno,

Com muito sangue e morte,

E do transcendente aporte.

 

A cristalização dos desejos,

De obsessões e remelejos,

Sempre encontra um vilão,

Com um grotesco aguilhão.

 

O perigoso, tirano e brutal,

Ameaça sob forma fulcral,

O bem-estar conquistado,

E a hegemonia do Estado.

 

Na alteridade detestada,

Lembra defesa devotada,

Contra a ação estrangeira,

Que ameaça paz fagueira.

 

Sem um sinal de simpatia,

Em sua diabólica ousadia,

Revela-se intruso inimigo,

E de todos, arqui-inimigo.

 

Tanto no medo comunista,

Quanto ação expansionista,

É o imperialismo satânico,

Que causa evidente pânico.

 

É o carisma incontestável,

De mandante não amável,

Que escolhe o que agrada,

Sem importar-se com nada.

 

Com ar perverso e sedutor,

De herói rigoroso e indutor,

Lida com tática persistente,

Insensível e todo renitente.

 

Ocupa um vasto imaginário,

Pelo procrastinar temerário,

Que representa na maldade,

O que mata ordeira lealdade.

 

É a máscara tão assustadora,

Do avesso da ação redentora,

Sonhada pela ação da política,

E religião de moral acrítica.

 

Representa a nossa condição,

Do que desejamos da direção,

E do que deveríamos desejar,

Ante as conquistas a ensejar.

 

Reflete nosso medo e terror,

Ante o empedernido horror,

Que ameaça as conquistas,

Pela submissão aos lobistas.

 

Se a China configura ameaça,

A poder dominador sem graça,

Leva o rótulo de ação vampira,

Pelo sangue de quem já delira.

 

 

 


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