Mesmo sem vetusta idade,
Já é contado na senilidade,
E visto na condição fulcral,
De novo descartado social.
Respeitado pela exigência,
Mas sem a benemerência,
Seu histórico não importa,
Para a síntese que reporta.
Propicia disfarçado enfado,
E pouco acalanto de agrado,
Pois, seu marco referencial,
Não indica algo substancial.
Nada interessa a memória,
De sua conquistada vitória,
E os fracassos suplantados,
Que lhe auferiram legados.
Na eira de projetos ousados,
Os seus palpites já ignorados,
O tornam assistente passivo,
Da perspicácia do hiperativo.
Sem crédito para a futurição,
Está aprisionado em alçapão,
Feito um ornamento saudoso,
Para algum esporádico gozo.
A função exercida como útil,
No sistema que o deixa fútil,
Come no silêncio contencioso,
Todo o seu passado laborioso.
Mantido na reserva do ofício,
Resta a luta contra o suplício,
De esperar para além da vida,
A
afetuosa ação enternecida.
Se custa muito e rende pouco,
O sentido auditivo fica mouco,
E toda a flexibilidade sociável,
Acaba numa inação deplorável.
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