segunda-feira, 8 de junho de 2020

DISFORIA

                                                                      

O assunto pandemia,

Produz uma endemia,

Que alarga ansiedade,

E tristeza à saciedade.

 

O desgosto toma gosto,

E algum desejo oposto,

Ativa largo mau-humor,

E antecipa ar de rumor.

 

Sob clima de amargura,

Tudo acalanta diabrura,

De ação contra planos,

A articular desenganos.

 

O que poderia ser bom,

Como espontâneo dom,

Aparece como atentado,

Que rouba bom legado.

 

A futurição fica sombria,

Porque em nada inebria,

Motivação que encante,

Para aposta significante.

 

No império da paralisia,

Nenhum palpite extasia,

E leva ao agir dinâmico,

Com um ar panorâmico.

 

Sobra sentimento triste,

Que a toda hora insiste,

Em causar pessimismo,

De melancólico cinismo.


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