O isolamento preventivo,
Contra um vírus invasivo,
Imperceptível no avanço,
Não move bom descanso.
Amplas e fartas polêmicas,
Sobre sequelas endêmicas,
Com apelos demagógicos,
Elevam surtos ideológicos.
Sensível campo emocional,
Rouba bom-senso racional,
Para almejar ótima solução,
Longe da prescrita reclusão.
Reacende-se o desejo forte,
Do social e precioso aporte,
Para desfrute da companhia,
Que no isolamento se tolhia.
O anseio pelo “estar juntos”,
Delineia que outros assuntos,
Não enchem anelo profundo,
Na rota do pavor moribundo.
A expectativa de aproximação,
Já não fita obras e muita ação,
Nem projetos sociais vistosos,
Mas só afeto e gestos ditosos.
O anelo deste espírito afetivo,
Relega o útil e vetusto lenitivo,
De mera peça de engrenagem,
Para fruir boa camaradagem.
Mas ali ronda o agente mortal,
No faro da boca e duto nasal,
Para devorar vida e os sonhos,
E intimidar amigos tristonhos.
Na difícil permanência isolada,
Fermenta a sensação desolada,
Do desabamento da identidade,
Dependente da grupal lealdade.
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