sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

OURIÇO POR COELHO




No desejo de acariciar maciez,
E sem confrontar mesquinhez,
Tantos gestos afoitos apalpam,
Mas, na suavidade se esfalfam.

Na armadilha da paixão cega,
Nada se protela ou se delega,
Pois na obsessão do desfrute,
O bom-senso nada repercute.

A pressuposição da vantagem,
Transforma qualquer imagem,
Em posse para suave aferição,
A fim de extravasar o coração.

Da suavidade tão encantadora,
Emerge a tentação enganadora,
Que solta os espinhos eriçados,
Com muitos venenos malvados.

Atingem o bom nome da honra,
E proliferam no quanto desonra,
Com desfecho do ódio profundo,
A produzir sentimento iracundo.

Nos ódios cultivados e bem retidos,
Morrem belos projetos construídos,
E os mundos dos mais belos sonhos,
Despertam em pesadelos medonhos.







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