Inevitáveis no transcurso da
vida,
Perpassam com emoção aturdida,
E corroem sonhos da alma altiva,
Deixando-a consternada e inativa.
A emoção de sentir-se fracassado,
Afeta projetos e o seu rico
legado,
E freia a capacidade de interação,
Para novos eventos de realização.
Doe mais a derrota vivenciada,
Da procedência não esperada,
Do bloco de sangue e de afeto,
A desmanchar o amor concreto.
Emerge então a noção fatalista,
Da ideia irreal, teimosa e
fixista,
De que a infelicidade será forte,
Para inibir qualquer bom aporte.
Ao declarar sofrimento sem fim,
Fixa-se o consciente até o
confim,
De que todo dia é dia de
sofrência,
A justificar sua auto-complacência.
No determinismo da ideia irreal,
Reativa-se a mágoa referencial,
Que solda a energia ao passado,
Para inibir qualquer bom legado.
Como as perdas são inevitáveis,
E sequer precisam ser duráveis,
Convém aceita-las rapidamente,
Para criar outros fitos na mente.
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