sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

BANQUETES EGOLÁTRICOS



A triste sina de miseráveis,
Engendra-se em festanças,
Das opulências execráveis,
Que alargam as lambanças.

As regras que marginalizam,
Propensas a tantos espertos,
Mas que a tantos minimizam,
Propagam humanos desertos.

Nos sofrimentos mais cruéis,
Deixados aos tantos excluídos,
Definham os elevados vergéis,
Com a dignidade dos vencidos.

Nos muros dos preconceitos,
Protegem-se os privilegiados,
Sob os devassos desrespeitos,
Como os seletos abençoados.

Com os tão raros reintegrados,
Diante dos atos compadecidos,
Morrem com anseios devotados,
Os valiosos sonhos enternecidos.

                                         Integrar os tantos marginalizados,
Requer uma compaixão operante,
Diante dos fatos tão disparatados,
Sob esta crassa elitização diletante.


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