sábado, 24 de fevereiro de 2018

OLHO NO OLHO




Quão precioso é o olhar,
Sem o desvio a antolhar,
Vasto medo da revelação,
Que inibe a comunicação.

A larga grandeza interior,
A espargir amplo pendor,
Sequer precisa esconder,
Seu translúcido proceder.

Tanta criança encantadora,
Na sua feição provocadora,
Insinua no olho acolhedor,
Belo foco recompensador.

O querer bem tão gratuito,
Num singelo olhar fortuito,
Pervade o mundo da alma,
E o enche de serena calma.

Toda a vitalidade se renova,
E o mundo possível se inova,
Para que o amor tão singelo,
Se propague para eterno elo.

Pena que a maldade esperta,
Entra de soslaio e sem alerta,
Para semear no límpido olhar,
A falsidade em largo borbulhar.



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