segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

AÇÃO DO SILÊNCIO

                                      
        
Velha tática de apropriação,
Continua na procrastinação,
De presumir posses divinas,
Nas malandragens cretinas.

No desejo de enquadrar a fé,
Teimosa e forte como a maré,
Insiste-se em exaltados gritos,
Para haurir alcances infinitos.

Os bem vulgarizados prodígios,
Divulgados por altos prestígios,
Valem-se da sugestionabilidade,
Como se fosse divina realidade.

Sob a compaixão esvanecida,
Metem-se numa gritante lida,
E visam o transe como terapia,
De curas divinas com simpatia.

No emotivismo de rituais ocos,
Conduzem bandos de amoucos,
Fanatizados pela vil submissão,
Sem o elã para sair da opressão.

O pobre aporte de formalismos,
Esconde perversos mecanismos,
Que prolongam na dependência,
Os atrelados à dura inclemência.

O silêncio que poderia falar alto,
Pegaria a muitos no sobressalto,
De que o caminho da libertação,
Requer bem outro tipo de ação.














Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...