Fruto de um velho
costume,
Nada mais explícito
resume,
Uma praxe do dia das
cinzas,
Como fixos olhares
ranzinzas.
Quando o nobre é o
pescado,
No ritual dum
vetusto legado,
Nada representa a
motivação,
Para renovar algo no
coração.
Na exterioridade
consumista,
O típico da condição
altruísta,
É o do prato muito
saboroso,
Para propiciar
refinado gozo.
Deixar de fruir para
partilhar,
É sentimento de se
antolhar,
Sem o elã para mover
gestos,
Contra os desumanos
doestos.
Importa só o hábito repetido,
Que ajude a deixar preterido,
Tristonhos olhares
famintos,
Dos esfaimados em
recintos.
Um jejum para se
enternecer,
Forjado para se
compadecer,
Surtiria nobre
procedimento,
De produzir
solidário alento.
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