segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O CHUTADOR DE SOMBRA




Quando ainda era menino,
Como um gato pequenino,
A tentar morder o seu rabo,
Batia a sombra, feita diabo.

Como ela nunca se acalmou,
E dela, ele nunca reclamou,
Completaram a conivência,
De resignada subserviência.

O andarilho dos tantos anos,
Ajuntou muitos desenganos,
E fitou que a sombra amiga,
Passou a revelar uma intriga.

Por que tanta maldade solta,
Onde não cabe onda revolta,
Pela serenidade da condição,
Em uma tão estudada nação?

As novas sombras refletem,
Os tantos rabos que repetem,
A protelação de sonhos vitais,
Para as acumulações brutais.

A sombra já não ladeia o sol,
E nem seu brilhante arrebol,
Mas sob a suavidade mágica,
Indica ao povo a lida trágica.

Tanto mandante mal educado,
Ostenta o seu perverso legado,
Corrupto mais que o tamanho,
Da sombra do seu agir tacanho.

Na sutileza de muitas diabruras,
Coices não alcançam as agruras,
Do sol fautor das assombrações,
Que perturbam tantos corações.



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