sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Velha obsessão monista



Nas veredas da concepção indo-européia,
Capta novo fôlego uma moderna epopéia,
Para dominar e submeter raças e nações,
E afastar os desejosos de suas pretensões.

Enquanto o terrorismo ensaia resistência,
Amarga-se a pobre e frágil contingência,
Do desamparo sem a evidência preclara,
Daquilo que em nome da paz se declara.

Avança, mais que enxurrada, a corrupção,
E expande-se a lama da safada usurpação,
Somente para aumentar a ostensiva fama,
Que dissuade sob a modéstia que difama.

Na centralidade da motivação de domínio,
O psiquismo já não produz bom raciocínio,
De comiseração pela alheia dor e carência,
Mas avança numa vilipendiada indecência.

Sob o pretexto de eliminar suposto inimigo,
Justifica-se a rotulação até de gesto amigo,
Pois, poderia constituir ameaça de sedução,
 E ampliar um risco real à própria ambição.  






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