Como falar das bênçãos do papai do
céu,
Quando tantas vidas são ceifadas ao
léu,
E se culpa a engenhosidade da
natureza,
Para esconder a extraordinária
avareza?
Na perversa ambição do lucro sem fim,
Deteriora-se a vida até o último confim,
E se deprava esta natureza tão
dadivosa,
Através do sistema de obsessão
aleivosa.
Se governantes ocupam cargos no
Estado,
Para impor aos outros um legado
pesado,
E locupletar-se em ambições
desmedidas,
O que esperar de suas vítimas subsumidas?
Quando a natureza geme em
decrepitude,
Resta saber quem pode mudar de
atitude,
Para que o sistema não destrua o
planeta,
Sob um falso e trágico toque de
trombeta.
Enquanto a educação não aponta
freios,
E não muda nos seus desviados
rodeios,
O afã de alcançar uma infinita
conquista,
Aponta a iminência da tragédia
prevista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário