terça-feira, 24 de novembro de 2015

Tornados e lamas




Como falar das bênçãos do papai do céu,
Quando tantas vidas são ceifadas ao léu,
E se culpa a engenhosidade da natureza,
Para esconder a extraordinária avareza?

Na perversa ambição do lucro sem fim,
Deteriora-se a vida até o último confim,
E se deprava esta natureza tão dadivosa,
Através do sistema de obsessão aleivosa.

Se governantes ocupam cargos no Estado,
Para impor aos outros um legado pesado,
E locupletar-se em ambições desmedidas,
O que esperar de suas vítimas subsumidas?

Quando a natureza geme em decrepitude,
Resta saber quem pode mudar de atitude,
Para que o sistema não destrua o planeta,
Sob um falso e trágico toque de trombeta.

Enquanto a educação não aponta freios,
E não muda nos seus desviados rodeios,
O afã de alcançar uma infinita conquista,
Aponta a iminência da tragédia prevista.



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