Ao se centralizar a novidade,
Já não importa antiguidade,
Nem todo o seu rico legado,
Manifesto no presente dado.
Na miragem pelo inusitado,
Todo desejo acaba relegado,
Por outro ainda mais audaz,
Para alcançar o que compraz.
O poder anônimo da sedução,
Com sua repetida insinuação,
Esconde as condições sociais,
E as nivela por desejos iguais.
No sonho da sobra com fartura,
Da acalantada condição futura,
Esmorece o legado da memória,
E expande-se delírio pela glória.
Indução ao obcecado consumo,
Agregado a felicidade no rumo,
Fomenta no torpor pelo porvir,
Sem a nobre grandeza de servir.
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