segunda-feira, 20 de julho de 2015

Delírio pela reputação



Olhares, sorrisos, gestos e meneios,
Tão favoráveis ao alcance de anseios,
Desviam o foco das bondosas ações,
E deságuam em ambíguas confusões.

Nas ambiguidades dos atos religiosos,
Nem sempre tão justos e prestimosos,
A santidade, travestida de demoníaca,
Sucumbe na depravada ação maníaca.

Ao endeusar o próprio estilo de vida,
Veem a vida alheia como denegrida,
E já se julgam no direito da violência,
Para forçar os outros à subserviência.

No repertório das razões justificadas,
Eclodem políticas oficiais e desejadas,
Para impor um estilo de vida definido,
E divinizado para ser aceito e seguido.

Propugnadores da identidade superior,
Para prevalecer sobre o resto inferior,
Apelam a variados pretextos violentos,
Para forçar o alcance dos seus intentos.

Esvaziadas as raízes religiosas ancestrais,
Estabelecem vagas religiosidades fulcrais,
Como marcadoras de seu poder violento,
E, sob o desejo da reputação como alento.


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