Enquanto inumeráveis cordas,
Puxam, no rumo dos desejos,
Outras, amarradas às bordas,
Freiam pelo medo os ensejos.
Ao desejo mescla-se o medo,
Que bloqueia as virtualidades,
E que não esconde o segredo,
De anular e cercear atividades.
Quando o amor atrai e fascina,
A proeza do medo faz regredir,
E interpela para uma triste sina,
Que é a de cessar de progredir.
Já no simbiótico laço materno,
Agiu o medo de separar-se dela,
Mas a busca de algo mais terno,
Indicou o rumo de outra querela.
Na dificuldade das novas opções,
O medo persuade para o regresso,
Do ajuste das vis acomodações,
Fortes para bloquear o progresso.
Tanta pendência para a solidão,
Ou de fixação em um ambiente,
Reflete uma tão frágil condição,
De ser entre os demais, diferente.
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