quinta-feira, 28 de maio de 2015

Incumbências



            Como criaturas fortemente marcadas pela necessidade de ritos e de rituais, quer para atos que envolvem promoção, estado de vida, passagem para níveis mais honrados, condecorações e solenes posses de encargos, tudo isso envolve muitas horas de preparação em torno de um vir a ser.
            Moisés, depois de se sentir envolvido numa experiência religiosa muito forte a respeito da considerável ajuda de Deus para a formação do povo de Israel, deduziu que nunca se deveria deixar de festejar tão importante constatação. O bom espírito bom de Deus deveria ser estendido a todas as pessoas.
            Mais tarde, a experiência religiosa cristã, levou a uma dedução ainda mais forte de filiação a Deus: em Jesus Cristo podemos sentir-nos participantes do grande projeto de bem-querer da parte de Deus. O Evangelista Mateus observou que tal dedução implicava em importante missão a fim de que todas as pessoas pudessem integrar esta comunhão e viver em sintonia muito próxima do jeito de Jesus Cristo.
 Tratava-se de uma missão para acolher novos membros nas comunidades, através do batismo, e as pessoas de todos os âmbitos da vida humana poderiam ser convidadas a conhecer e a vivenciar os traços marcantes de Jesus Cristo. Se o agir de Cristo ficou mais delimitado ao ambiente geográfico de Israel, seus discípulos foram convidados a irem além destas divisas e chegar a todas as partes do mundo.
            Como na imagem do encontro de Moisés no alto da montanha com Deus, os discípulos de Jesus também tiveram um encontro com Ele, num lugar elevado, e, a maioria deles pode reconhecer nele uma grande e especial mediação para integrar-se no amor de Deus, porque, sua manifestação, estava impregnada do envolvimento do amor do Pai e da ação renovadora do seu Espírito.
 Da nova experiência do encontro, renasceu a tarefa, ou missão, para que aquele momento tão marcante, revelado em Jesus de Nazaré não se delimitasse a um pequeno grupo. Momento tão marcante deveria universalizar-se com vistas ao bem-estar das pessoas e para que estas pudessem fazer parte da mesma circularidade do amor de Deus que, na linguagem religiosa, expressamos como manifestação trinitária (ação de amor do Pai, do Filho Jesus e do Espírito Santo), que Jesus prometeu a todos quantos viessem a interessar-se para viver de maneira similar à sua, uma vez que seriam todos agraciados pelo mesmo envolvimento no amor de Deus.
           


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