terça-feira, 22 de julho de 2014

Subjetivação



Em cada tempo, e cada lugar,
Como no ambiente particular,
Modos sociais muito distintos,
Marcam mais do que instintos.

O jeito de lidar e de produzir,
Como o de relacionar e induzir,
Remetem a cada subjetividade,
Um molde peculiar de lealdade.

Na interação dos distintos valores,
Agem os ardentes e ricos pendores,
Que em meio às mil metamorfoses,
Indicam as evidências de apoteoses.

Fica sem memória a força dos clãs,
E, sem poder hierárquico para fãs,
O afeto, liso e isento de fronteiras,
Desanda sem as tradicionais eiras.

O novo arranjo dos muitos afetos,
Subjetivados com fatos concretos,
Esfacela as argumentações oficiais,
E valoriza só as meramente pessoais.

Sem as fortes forças da argumentação,
Sobram problemas em larga profusão,
Que facilitam ao doce regaço narcizista,
O fruir solto, fragmentado e consumista.


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