Difícil e quase impossível para
alguns,
É portador das linguagens complexas,
E fala mais do que as coisas comuns,
Sobre situações atônitas e perplexas.
Bem multifário nos mil significados,
Expressa os sentimentos e mundos,
E deles emite os mais claros recados,
No alcance dos níveis mais profundos.
Oh! Se pudesse entender os meandros,
Desta efusão tão mais forte que
verbal,
E separar dentre os intentos
malandros,
Aqueles que irradiam grandeza
colossal.
Bem casado com os múltiplos olhares,
Atinge o âmago da profunda comoção,
E lhe repassa dos momentos e lugares,
A memória do que alterou o coração.
Por vezes significa empatia profunda,
Em outras ocasiões, protesto
violento,
Igualmente solta o mundo que afunda,
Eivado por dores, com muito desalento.
Apreciável é o silêncio da humildade,
Que transcende as falácias enganosas,
E acalma as procelas da farta vaidade,
Para interações ricas e mais
bondosas.
Encantadora é a linguagem da
quietude,
Quando se move para acolher o
mistério,
Da grandiosa vida que envolve a
finitude,
E leva a erradicar tudo o que é
deletério.
Dolorida se torna sua dura linguagem,
Quando impregnada de sutil agressão,
E sob a bem disfarçada camaradagem,
Mira direto no que centraliza o coração.
Muito distinto e variado nos seus
efeitos,
O silêncio se eleva à grandeza
magistral,
Mas quando, obstinado, vinga os
defeitos,
Propicia ambiente bem ríspido e
infernal.
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