Mesmo dotadas da vitalidade,
De assegurar boa germinação,
Dependem da sã virtualidade,
Do solo de fecunda condição.
Umas desfrutam de nobre apreço,
Outras da mais rejeitada negação,
E enquanto umas vêm com adereço,
Muitas outras morrem por inanição.
Algumas, endeusadas com farta
adoração,
Tão ambicionadas quanto ouro
irradiante,
Imputam aos fortes grupos da
esganação,
O direito de ignorar toda fome
circundante.
Certas sementes contêm ricos
nutrientes,
Que além de agraciar humanas
refeições,
Aprazem o pendor dos sabores
exigentes,
Em distintos lugares de diferentes
nações.
Outras sementes aliviam distintas
dores,
Com variadas propriedades
terapêuticas,
E encantam tanto quanto as belas
flores,
E as antigas formas filosóficas
maiêuticas.
Certas sementes dão cor e sabor a
licores,
Outras se prestam a drogas
entorpecentes,
Que afetam dignidade e os decentes
valores,
E deixam reféns os incontáveis
dependentes.
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