Eventuais sonhos para além do consumismo inveterado,
Requerem importantes medidas nos cegos aficionados:
Novo aporte de vida, mais frugal e muito mais moderado,
Para não extenuar o planeta com poucos empanturrados.
Ainda convém tanto imperialismo colonial e virtual,
A subjugar multidões na desumana e vil dependência,
Motivada por propaganda enganosa e atrevida, sem igual,
E na eructação dos mais fortes sem nenhuma decência?
Quão apreciáveis seriam estalos de um bom-senso perspicaz,
A abrir os olhos obcecados dos compulsivos consumistas,
Capazes de mobilizar um modo de vida mais modesto e eficaz,
Para que os pendores apontem melhores contextos futuristas!
O quase impossível e impensável de se aguardar:
A conversão do enfoque dos detentores do poder,
Poderia, mais do que multidões humanas bajular,
Elevá-las à digna participação em seu proceder.
A democracia deixaria, então, de ser falácia enganosa,
E levaria a circular nos recônditos vasos da circulação,
Não somente a virtualidade da alimentação venosa,
Mas, o brio solidário para elevar a humanização.
O mau agouro dos que nada querem partilhar,
Ainda que haurido com alheio sangue vertido,
Persiste na aleivosa pertinácia de amealhar,
Tudo o que, a duras penas, por outros foi construído.
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