terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Flores



Simplesmente flores,
De inumeráveis formatos,
E nas mui atrativas cores:
Alvo para incontáveis retratos!

Enlevam os sentimentos de prazer,
E, na correspondência ao discreto pendor,
Permitem que delas muito se possa dizer:
De espetacular encanto e de agradável odor.

Oxalá! Pudessem os humanos pendores,
Encantar mais do que a beleza dos jardins,
E produzir fartos e convincentes valores
Para amolecer os empedernidos confins.

Dos atentos olhos fitos,
Nas exotéricas seduções,
Das flores, sem ditos,
Nascem contemplações.

Porque não despertam
Os jardins dos belos prédios,
Bons sentimentos que alertam,
Contra os entrópicos tédios?

Quisera que o efeito das belas flores,
Pudesse o âmago do bom-senso ferir,
E não deixar os prepotentes alvores,
Em sofridos e explorados seres interferir.

Que a força persuasiva das flores,
Convença os prepotentes ambiciosos,
A não encampar os humanos valores,
Nem, tampouco, os sonhos auspiciosos.

Quisera também ver do reino das flores,
Toda exuberante variedade sob o céu anil,
Encher-me de todos os agradáveis odores,

Deste vasto e esplendido “berço varonil”!

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