Como a espiritualidade do espelho,
Salienta o comparativo nada velho,
De sentir-se para a invocação divina,
E cobrar remédio rápido de medicina.
Quer-se a ajuda terapêutica eficaz,
Precipuamente potente e pertinaz,
Para erradicar mal-estar subjetivo,
Do sentir-se sem preclaro lenitivo.
Tradicional pertença a uma religião,
Cedeu sua primazia para a emoção,
De negociar com Deus num pedido,
Para sanar o humor íntimo aturdido.
Um eu espiritual sem agir religioso,
Espera resultado rápido e fabuloso,
Como bom efeito político desejado,
Para subjetivo sentimento elevado.
Nem espiritualidade transformadora,
Mas, rápida intervenção facilitadora,
Esperada sem os cânones teológicos,
Deve seguir critérios mercadológicos.
Sequer importa envolver-se em atos,
Para os gestos solidários e cordatos,
Porém, sentir afetivo de um vivente,
Que quer sentir um humor diferente.
Algo que possa animar e esperançar,
E nas dificuldades humanas alcançar,
Síntese de regras para novo patamar,
Nem mesmo entra no subjetivo radar.
Decepção diante da crença na razão,
Que quis substituir qualquer
religião,
Acaba em relação pobre e intimista,
Espiritualidade do eu em conquista.
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