Palavra “páthos” da língua grega,
Em nossa língua muito se achega,
À carga emotiva de paixão forte,
Com emoção boa, de toda sorte.
Já a palavra “apátheia”, aponta,
Para a postura que nada conta,
De insensibilidade sem a paixão,
Da ausência reativa de emoção.
Representa bloqueio das pontes,
Que ligam a essenciais vergontes,
Do bom relacionamento humano,
Para sentir o bem-estar cotidiano.
Pensada como atitude passageira,
Que corta bom humor na bobeira,
Depende só de fatores subjetivos,
E passa com os remédios lenitivos.
Fala-se que álcool e drogas variadas,
A bipolaridade e razões estressadas,
Além de traumas e das depressões,
Propiciam estas estranhas reações.
Em nossos dias assusta nova apatia,
Que não apenas rouba toda alegria,
Que é forma doentia da sociedade,
Na ação estúpida de mediocridade.
Grandes xerifes matam pelo prazer,
Sem sequer em algo se compadecer,
Com as organizações sociais atônitas,
Ante as ameaças pérfidas e atômicas.
Já não vigoram sonhadas democracias,
Com o presidencialismo de ações pias,
Mas, um humor apático generalizado,
Atinge um histórico processo passado.
Sem emoção agradável ante políticos,
Regendo para interesses
antipolíticos,
Nada moldam para os sonhos sociais,
E muito escancaram as classes
sociais.
Os privilégios para os já
privilegiados,
Asseguram os patamares afortunados,
Dos que mandam e legislam em favor,
Da acumulação para seu próprio alvor.
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