Objeto de primeira necessidade,
Por obra da inaudita publicidade,
Rompeu a distância e o assunto,
E mudou o modo de estar junto.
Segredo de gerar dependência,
Eleva-o a altares da eminência,
Como um alimento necessário,
Para nutrir um sujeito solitário.
Requer na exclusiva fidelidade,
Dose máxima de conectividade,
E rompe o programa saudável,
Para sagrar-se como admirável.
Afeta a autonomia emocional,
E fragiliza o processo racional,
Que engorda numa ansiedade,
Saturando na tóxica lealdade.
Rompe crescimento saudável,
Sem viver a idealização afável,
Anula necessária auto-estima,
E o mundo real nada se anima.
Produz cansaço pela distração,
E substitui a edificante relação,
Por interação digital superficial,
Longe da interação presencial.
Sua identidade é a consumista,
A viver do jogo sensacionalista,
Produzido para a dependência,
Sem criar gosto por convivência.
Enquanto emoji rouba empatia,
Fenece a dimensão da simpatia,
E dependente incapaz de escuta,
Não se insere na humana labuta.
Vive prisão invisível de emoções,
Que afetam as normais relações,
Porque fica em alerta constante,
E numa exaustão nada edificante.
Precisa ver notificações e curtidas,
A qualquer instante das suas lidas,
Para a aparência hiper-conectada,
Numa fuga da ânsia desconectada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário