segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

UM HORIZONTE DIFERENTE

 

Possibilidade de sonhar acordado,

Faz entrever o mundo torporizado,

A atrofiar cada dia mais o humano,

E a impor ritmo repetitivo e insano.

 

Não valoriza o saber de criatividade,

Nem sonho para gostar da atividade,

Mas, olhar focado e cego no objeto,

A forjar o sujeito mecânico e abjeto.

 

Tudo gira em torno das sondagens,

Dos espaços aéreos e suas aragens,

Até subterrâneos dos rios e mares,

Para explorar fortuna para altares.

 

Amplia-se, a cada dia, a estreiteza,

De controlar com arguta esperteza,

Agir de seres quietos dependentes,

A decair em sentimentos aparentes.

 

A palavra autoritária de velho chavão,

Veiculada em midiática procrastinação,

Foca os lucros e vultosos rendimentos,

Que passam distantes dos sentimentos.

 

Nada que vise a profundidade da vida,

A mina preciosa largamente preterida,

Que é um oceano de rica interioridade,

Nada explorado para mais humanidade.

 

Esta atrofia do genuinamente humano,

Faz da vida um lamentável desengano:

Praga de largo e desenfreado ecocídio,

E, progressiva num absurdo genocídio.

 

Convém que muitos tirem os antolhos,

Dos cegados olhares sem os dordolhos,

Para que visualizem o outro horizonte,

Do profundamente humano vergonte.

 

O caminho a ser buscado e delineado,

Está para além do cotidiano traçado,

E consistirá na sondagem da riqueza,

Do mundo interior com sua inteireza.


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