sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

LIBERDADE CLAUDICANTE

 

 

Confundida com o livre arbítrio,

Transformada num visível átrio,

Foi engolida pelo totalitarismo,

Dum extraordinário fanatismo.

 

Arma de regimes autoritários,

Sob os argumentos libertários,

Vira ordem mágica e poderosa,

Para tendência política raivosa.

 

Já não é mais direito de ir e vir,

Mas o valor na boca a proferir,

Que o Estado em nada interfira,

No agir livre que indivíduo mira.

 

A defesa ferrenha da liberdade,

Por grito agressivo na sociedade,

Esconde uma ideologia em jogo,

E ilude muito vivente como bobo.

 

Velho grito liberal da liberdade,

Presta-se para atacar sociedade,

Para que deixe esfera individual,

Livre de qualquer controle social.

 

Arroga-se sacro direito ilimitado,

Para espalhar ódio por todo lado,

Suscitando violências sem limites,

Aos discordantes de seus apetites.

 

Os discursos favoráveis à liberdade,

Presumem uma larga desigualdade,

Para submeter no presumido medo,

Ante esquerdismo diabólico e azedo.

 

Uma aparente defesa da liberdade,

Leva-os a absolutizar na sociedade,

O seu precípuo direito de difamar,

E seu projeto autoritário propagar.

 

O interesse do projeto autoritário,

Nega existência de plano contrário,

E em nome da simpática liberdade,

Usa o bordão para a arbitrariedade.

 

Eles podem soltar ódio e violência,

Com direito para tal competência,

Que é negada a seus adversários,

E tolhe liberdade de seus ideários.

 

Supõem um partido ou carismático,

Como um único mediador didático,

Da ideologia mandante do grupo,

Que imortaliza seu próprio apupo.

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