Confundida com o livre arbítrio,
Transformada num visível átrio,
Foi engolida pelo totalitarismo,
Dum extraordinário fanatismo.
Arma de regimes autoritários,
Sob os argumentos libertários,
Vira ordem mágica e poderosa,
Para tendência política raivosa.
Já não é mais direito de ir e vir,
Mas o valor na boca a proferir,
Que o Estado em nada interfira,
No agir livre que indivíduo mira.
A defesa ferrenha da liberdade,
Por grito agressivo na sociedade,
Esconde uma ideologia em jogo,
E ilude muito vivente como bobo.
Velho grito liberal da liberdade,
Presta-se para atacar sociedade,
Para que deixe esfera individual,
Livre de qualquer controle social.
Arroga-se sacro direito ilimitado,
Para espalhar ódio por todo lado,
Suscitando violências sem limites,
Aos discordantes de seus apetites.
Os discursos favoráveis à liberdade,
Presumem uma larga desigualdade,
Para submeter no presumido medo,
Ante esquerdismo diabólico e azedo.
Uma aparente defesa da liberdade,
Leva-os a absolutizar na sociedade,
O seu precípuo direito de difamar,
E seu projeto autoritário propagar.
O interesse do projeto autoritário,
Nega existência de plano contrário,
E em nome da simpática liberdade,
Usa o bordão para a arbitrariedade.
Eles podem soltar ódio e violência,
Com direito para tal competência,
Que é negada a seus adversários,
E tolhe liberdade de seus ideários.
Supõem um partido ou carismático,
Como um único mediador didático,
Da ideologia mandante do grupo,
Que imortaliza seu próprio apupo.
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