O imperador Nero mandou incendiar
Roma,
Para fazer um poema sob delirado
sintoma,
Surdo e mudo aos efeitos de
repercussões,
Mas, cioso para reafirmar suas
alucinações.
Na iminência da queda de outro
império,
A piromania sobre mandante deletério,
Incendeia o mundo de medos e pavores,
Em torno do poderoso fogo dos
terrores.
Escorado por marionetistas oportunos,
Alimenta larga rapinagem dos gatunos,
Para espoliar de outros o que
interessa,
E acumular na sua malvadeza confessa.
Marionetagem das exuberantes
alegrias,
Esconde fome e sede sob belas magias,
E avança sobre as terras e os
minérios,
Com duros argumentos e apelos sérios.
Pratica-se o racismo contra
imigrantes,
Deportados como sujos e repugnantes,
Sob o mito que justifica a
desigualdade,
E libera para prática da crassa
maldade.
Se uma antiga tradição cobrava
respeito,
Com devotado amor, livre de
preconceito,
Relativiza-se este valoroso
mandamento,
Ao âmbito fechado de grupos para
alento.
Na seleção das pessoas para a
sociedade,
Deporta-se em massa em literal
maldade,
Tudo quanto não se enquadra no
perfil,
Da ambição despótica de lida
mercantil.
Interesse voraz dos poucos
privilegiados,
Justifica desprezo aos mundos
relegados,
E transforma sua opulência e sonho
lindo,
Marietado para distrair pobrerio
infindo.
Na perversa negação da igualdade
social,
Sequestrou-se mandamento exponencial,
Dum amor ao próximo como a si mesmo,
E deixa inumeráveis humanoides a
esmo.
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