segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

A NOVA VERDADE

 

 

Passa longe da linguagem mítica grega,

E da larga narrativa bíblica que agrega,

E, até da verdade científica moderna,

Sua verdade que sequer se consterna.

 

A nova verdade é a da auto-afirmação,

De quem se sente mito da admiração,

E nega tudo o que os outros afirmam,

Para que a seu desejo se conformam.

 

Sua mórbida excentricidade é engolida,

Mesmo sem processo de ser deglutida,

Pois, como deus absoluto de si mesmo,

Divulga as suas extavagâncias ao esmo.

 

Como o visionário cioso e interesseiro,

Usurpa com seu esmerilho serralheiro,

Uma fala do que deseja como verdade,

E do quanto aspira com a sua acuidade.

 

Na roupagem de mito visionário e cruel,

Atua para adaptar geopolítica em cartel,

Que lhe permite desorganizar o vigente,

Para dizer que subjaz a seu contingente.

 

Sentindo-se um deus monstro e heroico,

Sente-se no livre direito do desejo egoico,

De que tudo quanto ambiciona como mito,

Deve ser piamente aceito como sobredito.

 

Desenfreado e cínico diante de espoliados,

Imputa-lhes culpa de serem negligenciados,

E sem escrúpulos, consolida a sua verdade,

Como única a salvação para a humanidade.

 

Sabe que as grandes big techs tem poder,

Para inventar e facilitar seu cioso querer,

E falam muito mais alto que regras e leis,

Para superabundar seu poder sobre greis.

 

 

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