Passa longe da linguagem mítica
grega,
E da larga narrativa bíblica que
agrega,
E, até da verdade científica moderna,
Sua verdade que sequer se consterna.
A nova verdade é a da auto-afirmação,
De quem se sente mito da admiração,
E nega tudo o que os outros afirmam,
Para que a seu desejo se conformam.
Sua mórbida excentricidade é engolida,
Mesmo sem processo de ser deglutida,
Pois, como deus absoluto de si mesmo,
Divulga as suas extavagâncias ao
esmo.
Como o visionário cioso e interesseiro,
Usurpa com seu esmerilho serralheiro,
Uma fala do que deseja como verdade,
E do quanto aspira com a sua
acuidade.
Na roupagem de mito visionário e
cruel,
Atua para adaptar geopolítica em
cartel,
Que lhe permite desorganizar o
vigente,
Para dizer que subjaz a seu
contingente.
Sentindo-se um deus monstro e
heroico,
Sente-se no livre direito do desejo
egoico,
De que tudo quanto ambiciona como
mito,
Deve ser piamente aceito como
sobredito.
Desenfreado e cínico diante de
espoliados,
Imputa-lhes culpa de serem
negligenciados,
E sem escrúpulos, consolida a sua
verdade,
Como única a salvação para a
humanidade.
Sabe que as grandes big techs tem
poder,
Para inventar e facilitar seu cioso
querer,
E falam muito mais alto que regras e
leis,
Para superabundar seu poder sobre
greis.
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