quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

ECONOMIA DO CUIDADO

 


Traída na economia de mercado,

Virou assunto de ex abalaustrado,

A quem não se dá nenhum valor,

E, apenas referência de despudor.

 

A ecologia, vitimada por má fama,

Sequer flui na voz que se proclama,

Porque endeusamento consumista,

Quer o acúmulo de lucro financista.

 

Obsessão pelo crescimento infinito,

Quer competitividade de alto grito,

Para que coisa nenhuma atrapalhe,

E não se avente o ecológico detalhe.

 

Mesmo sendo economia de morte,

Enamorou-se de parceira consorte,

Da santa teologia da prosperidade,

Como enlace de elevada felicidade.

 

Acumulação como bênção de Deus,

Com herança liberal dos europeus,

Venera mão invisível do mercado,

Como ação divina de etéreo agrado.

 

Assim, avareza é a virtude suprema,

Contra a qual se nega estratagema,

Do mundo roubado na rapinagem,

Que deixa pobreza sem mensagem.

 

Fundamentalismo de aborofobia,

Odeia pobre espoliado com fobia,

Como culpado pela sua condição,

E relegável à sua procrastinação.

 

Justiça social virou assunto vazio,

Que causa tédio e amuado fastio,

Pois, crescimento na farta posse,

Permite comprar na sobreposse.

 

Com evidência de ecologia finita,

Ela não cabe na vontade infinita,

Do ardiloso desenvolvimentismo,

Socado qoela abaixo no cinismo.

 

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